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Fariam, hoje, anos de vida terrena
Dois dos cabouqueiros desta Obra;
Vê-los partir foi, para nós, grande pena,
Mas teriam, por certo, mérito de sobra,
Pois Deus não os poupou, pô-los à prova!
Um Fundador e uma colaboradora,
Que se gastaram até à exaustão;
Lançavam mãos à obra, sem demora,
E não se subtraíam ao amargo pão,
Tão frequente, na vida dura de então!
O seu olhar de amplitude infinita,
Só descansava, quando já estava em Deus;
Não procuravam ter em vista outra dita,
Que não fosse desprender-se dos bens seus
E de tudo fazer só pelo reino dos céus!
Grandes homens, grandes Obras, nos dirão!
Importaria tão somente merecê-las
E ter a capacidade desse bispo, D. João,
Para algo meritório fazer delas
E, aos olhos de Deus, torná-las belas!
Mas…enfim, isso não fizemos nós,
Falo por mim, quem sou eu para julgar!...
Tão só espero não ser de mais ninguém a voz;
Conheço bem meu desalento sem par,
Embora saiba como é fácil pregar!
Reconhecemos que nos ficámos aquém,
Do que de nós pretendiam os Fundadores;
Porém, a Obra também já fez muito bem:
Temos no céu um grupinho dos melhores
Que, sem cessar, rendem a Deus, por nós, louvores!
Parabéns, Senhor D. João!
Parabéns, Senhora D. Alfreda!
Não trabalharam em vão!
Que, por vós, Deus nos conceda
Um viver que, a Ele só, leva!
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