Sei que pouco faço, ou nada,
Mas ando preocupada,
Com a crise de vocações;
Por isso, sempre que posso,
Recorro ao poder vosso,
Senhor, para ter soluções.
Acontece em cada noite,
Em que a vigília me afoite,
A passar, em pormenor,
O que se está a fazer,
Para não deixar perecer,
O que alguém fez com tanto amor.
Esta noite, na capela,
Pensei, a sério, naquela
Que dizemos “nossa Liga”;
Diante do Deus de todos,
Os mais velhos e os mais novos,
Não disfarcei a fadiga.
Veio-me, logo à ideia
Aquele sala, quase cheia,
No vinte e três de Fevereiro;
Um grupo tão interessado,
Em passar para o nosso lado
E a agir de modo certeiro.
Como se um filme passasse
E fosse da melhor classe,
Observei-os, um a um;
Não os conheço de nome,
Mas o seu agir tocou-me,
Pois não é muito comum.
E renasceu a esperança,
Numa espécie de mudança,
Que, ora, vai iniciar-se;
Quem, assim, está disponível,
Fará tudo o que é possível,
Já que está pronto a dar-se.
Se cada um trouxer outro,
Chegaremos a bom porto:
“Ser de Cristo o bom odor”;
E, se um passo mais em frente,
Algum mais independente,
Quiser dar, tanto melhor!
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