Desde toda a eternidade, Deus pensou em Vós,
Maria, que sois mãe de seu Filho, Imaculada;
Sem qualquer mancha de culpa, então, gerada,
Vos canta, ainda hoje, o povo, de viva voz.
Sois mãe daqueles crentes que, fiéis,
Veneram vosso nome e a candura,
Que jamais viram em outra criatura,
Pois Deus Vos fez assim, como dizeis.
Quando, ainda jovem, recebestes
De Deus, pelo arcanjo, a mensagem,
Surgiu, dentro de Vós, divina imagem,
A plena lucidez, compreendestes…
Era difícil, na vossa condição,
De gente simples, de tão remota aldeia;
Porém, de Deus, a alma tínheis cheia,
E não Vos foi possível dizer não.
O amor a esta pecadora humanidade
Que, sem vosso SIM, teria perecido,
Imprimiu nele um verdadeiro sentido
Que assumistes, apesar da tenra idade.
Salvé, Mãe de Deus, Imaculada…
E dos homens e de Portugal padroeira!
Em privilégios fostes pioneira,
Em sofrimento e dor nunca poupada…
Não nos recuseis, por nada, o vosso olhar,
Ainda que nos desviemos do Caminho;
Um pobre humano, ao ver-se, assim, sozinho,
Não mais faria que desanimar…
Mas não! Nunca esquecereis os vossos filhos,
De quem sois poderosa intercessora,
Socorrê-los-eis, sem mais demora,
Para que, de Deus, sigam, sempre, os trilhos…
Permiti, que, neste momento de provação,
Para a nossa diocese e sua hierarquia,
Vos dirijamos, mais uma prece, Maria,
Imaculada, desde a vossa Conceição!
Sofrimento verdadeiro e sangrento,
Invade o coração dos que Vos amam;
Porque vosso nome, com tanta confiança, proclamam,
Enviai-lhes o tão necessário alento!
Como é possível que surjam desvios,
Quando temos por espelho a Imaculada,
Desde sempre, por nós tão invocada?
Só podem ser, da serpente, os assobios…
Não a esmagastes, Mãe, tal criatura?
Porém, algo dela prevaleceu,
Que continua a abalar terra e céu
E consegue, do humano ser, esta figura!
Perdão do vosso Filho suplicamos,
Com vossa ajuda, poderosa mediadora!
Sempre dele carecemos, mas agora,
Sem ele, jamais a paz recuperamos!
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