sábado, 1 de maio de 2010

COMO FOI O DIA DE FORMAÇÃO?

Sabem que dia é hoje? É o dia um de Maio. Antigamente, era o dia das mentiras. Por que razão o terão mudado para o dia um de Abril? Talvez porque São José é um grande Santo, para que, no seu dia, como trabalhador, se possa tratar de um assunto jocoso. E também é o Mês de Maria, que todos devemos celebrar com a maior devoção, pois fomos escolhidos por Ela para receptores e transmissores da sua Mensagem ao mundo.
Mas não foi isto que me motivou a escrever.
Com se tem feito nos últimos anos, também hoje, e aqui, este dia foi dedicado a formação dos Servos de Jesus e pretendo deixar algumas notas para aqueles que não puderam estar presentes.
     Pelas dez horas, deu-se início à Adoração do Santíssimo, após uns momentos de acolhimento pouco formal, nada de acordo com o que merece um Servo de Jesus, um Simpatizante, ou qualquer ser humano. Mas somos assim. Para o próximo prometemos fazer mais esforço, para acolher melhor…
O Assistente Geral da Liga lembrou, e muito bem, que durante a Adoração, apresentássemos a Deus as grandes intenções da Igreja, da Diocese e da Liga.
O esquema foi o habitual: leitura de textos da autoria do Senhor D. João, comentário, reflexão e cânticos adequados ao tema.
1-Intenções da Igreja:
a)Visita do Papa a Portugal. O Papa vem confirmar-nos na fé e construir a unidade.
.Encontros com o mundo da cultura
.Com a Solidariedade Social
.Com jovens e crianças
Que o evangelho seja luz e sinal para todos os que o ouvirem. Queremos renascer na fé, nas nossas comunidades cristãs.
1-Intenções da Diocese:
.As vocações
.O presbitério
.As comunidades cristãs
.As intenções do nosso bispo: Os desafios, dificuldades e esperanças que constam do seu plano de acção.
3-Intenções da Liga:
.Renovação de todos e cada um dos seus membros, onde quer que vivam.
.Renovação da Liga por meio de novos membros
.Por todos os membros doentes e que mais sofrem, em todos os aspectos da vida
.Pedir o dom da Beatificação do Senhor D. João
1º TEXTO:
“Somos de Deus e Deus é o nosso fim!”
Não sirvamos ao mundo e ao demónio. É indispensável servir a Deus na infância, na juventude, na idade madura e na velhice. Importa servi-l’O, generosamente, não obstante os obstáculos que encontramos no nosso caminho. Em cada hora da existência, em cada época da vida, Deus nos chama e só será premiado o que combater o bom combate e for fiel até ao fim.
2º TEXTO:
“O manjar é o próprio Deus!”
Todos são convidados para o banquete eucarístico. Para nele se participar, é necessário o estado de graça.
“Sede, Senhor, o Pastor de todas as ovelhas que se desviam e integrai-as, de novo, no vosso Aprisco!”
Jesus é o banquete, o manjar em que Ele próprio Se oferece a todos os homens. Todos somos convidados: “Tomai e comei todos: Isto é o meu corpo”.
O banquete é o gozo eterno de Deus, mas só tem sentido quando, após usufruirmos dos seus benefícios espirituais, cada um de nós é capaz de fazer comunhão com os irmãos.
Para nos mantermos no bom caminho, temos de recorrer, com frequência, ao pão dos fortes, que é o mesmo Cristo.
“Precisamos de recorrer ao pão dos fortes”, repetia o Senhor D. João!
“Amigo, porque vieste sem as vestes nupciais?” diz a parábola. Como ousaste vir comungar sem o vestido da minha graça, pode dizer-nos Jesus.
Fazer descer Jesus a um coração onde reina o ódio, é um crime sem nome, é uma negra injustiça, é imitar o traidor, Judas, que osculou o Mestre para o entregar aos Judeus.
Para as almas em graça, é uma prova de amor; para as outras, é escárnio para com o Rei do amor.
Comungar sacrilegamente, é pior do que ser apóstata, é exceder a maldade dos próprios Judeus, que crucificaram Jesus. Estes, porém, não sabiam o que faziam, enquanto nós temos acesso ao conhecimento, à informação.
Não recusemos acudir, em cada dia, ao convite amoroso de Jesus para O comungarmos. Imperfeições e faltas veniais, quem as não tem? Que estas não nos impeçam de comungar frequentemente.
3º TEXTO:
“Possuir Jesus é possuir tudo!”
A Jesus foi dado todo o poder, no céu e na terra. Ao enviar-nos, Ele transmitiu-nos algo desse poder, para que possamos actuar.
Todos somos enviados. Se aos sacerdotes cabe exercer o sacerdócio ministerial, aos fiéis pertence o tríplice dever de:
.Instruir-se nas verdades da fé
.Recorrer aos sacramentos
.Observar a lei do Senhor
Um estudo importante a fazer é o do catecismo.
Há um aforismo que diz: “O sábio nasce sábio, o santo faz-se”.
O sacramento da reconciliação surge como tábua de salvação para todos. A santa missa há-de atrair-nos e a sagrada comunhão há-de dar-nos força para prosseguirmos no caminho do bem.
Evoquemos a acção de Maria nas Bodas de Caná. Sempre atenta aos outros, para que nada falte, mas recomendando: “Fazei tudo o que Ele vos disser!”
     Encerrou-se a Adoração, com a bênção do Santíssimo e passou-se a um intervalo de quinze minutos, após o qual teve lugar a celebração da eucaristia, solenizada com algum entusiasmo.
HOMILIA:
S. Mateus recorda-nos que o anjo apareceu em sonhos a José para lhe conferir a missão de ser o Pai de Jesus e de o informar sobre que nome Lhe devia dar. O mesmo evangelista, durante a vida pública de Jesus, esclarece-nos sobre a profissão do Filho adoptivo de José e da sua ligação a ele-Filho do Carpinteiro.
No filme, a Paixão de Cristo, de Mel Gibson, Nossa Senhora apresenta-nos Jesus a fazer um berço para uma criança recém nascida.
No dia de hoje, a Igreja quer que reflictamos sobre o valor do trabalho e diz-nos que este tem de ser para nós fonte de santificação. O homem, com o seu trabalho, transforma esta humanidade numa nova criação.
O trabalho é, de facto, fonte de santificação e realização pessoal, fonte de virtude.
No princípio, Deus colocou o homem no Paraíso Terreal para trabalhar e, após a queda, disse-lhe: “Comerás o pão com o suor do teu rosto, todos os dias da tua vida!”
Antes da queda, o trabalho era leve. Após a queda, o mesmo trabalho tornou-se pesado.
Suportado com resignação, “o meu jugo é pesado e a minha carga leve” e  cumprido à luz sobrenatural da fé, torna-se suave e leve. É, ainda, mortificação do nosso corpo, para expiar as nossas faltas.
Trabalhar é reconhecer a nossa sujeição a Deus, é manifestar a nossa humildade, cujo mérito perdemos, se o trabalho nos revolta.
Trabalhar é rezar. Aliás, é fazer a melhor das orações. Assim como a ociosidade é a mãe de todos os vícios, o trabalho é fonte de virtudes.
Lembremos os trabalhadores de todas as nossas valências. Que o trabalho seja para eles fonte de satisfação e que nos ajudem a tornar este mundo mais belo.
Todos somos colaboradores na Obra de Deus!
     Terminada a eucaristia, que aumentou o nosso vigor espiritual, já que é um banquete de manjares suculentos, aguardava-nos uma pequena refeição, na qual nos iríamos precaver contra a debilidade física que poderia colocar em risco a nossa capacidade de trabalho. Então, dirigimo-nos à sala de jantar, onde passámos cerca de uma hora, em são convívio.
     Novo intervalo e a prática de encerramento, pelas catorze e trinta.
Não foi tão rica a parte da tarde. Devido aos compromissos que, nas paróquias de origem, aguardavam as Irmãs, estas mostravam alguma ansiedade e suspiravam pelo fim.
     Chegou, por volta das dezasseis. Foi a partida e o retomar, pelos membros desta comunidade, da rotina do dia a dia, que já tínhamos iniciado nas primeiras horas da manhã.
Mas foi bom!
Ainda que se repitam algumas ideias, não faz mal, já que é bom recordar e esquecemo-nos, com facilidade!

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