Sábado, antes do VI domingo da Páscoa!
É que foi um fim de tarde,
À espera, no Hospital!...
O tempo queima-se, arde,
E, quem bem entra, sai mal.
Só fiz um grande intervalo,
Que passei debaixo de água;
O dever, vim retomá-lo,
Embora cheia de mágoa.
Sabia bem que assim era,
Já estou habituada:
É estar aqui, à espera,
Que, a fazer, não há mais nada.
Na fugida, fui à missa;
Mas percorri a cidade,
Sob a chuva, malhadiça,
E só já ouvi metade.
E a Palavra de Deus
Foi mesmo, mesmo clarinha:
Até bradava aos céus,
Não a ouvir, por culpa minha.
Até do sol prescindimos
E de luas cintilantes,
O “Cordeiro” ilumina-nos,
Não nos deixa andar errantes!
Não se teme o “fim do mundo”
Que a gente lê, a tremer;
Há um sentido profundo,
Da “Sião” nova, a crescer!
E o primeiro Concílio,
Convocado por S. Pedro,
Trouxe a todos grande auxílio,
Pois afastou-os do medo.
“Nós e o Espírito Santo”
Tomámos a decisão,
Que não é preciso tanto:
Ser Judeu, para ser cristão!
"Carnes, aos ídolos, imoladas,
Não as deveis vós comer;
Sangue e carnes sufocadas,
Não deve, entre vós, haver.
Deveis abster-vos, também,
De toda a imoralidade;
Fazer tudo isto é bem:
Cristãos sereis, de verdade!"
Pedro, que tinha negado
O Mestre, por cobardia,
Com o poder, d'Ele herdado,
Sabiamente decidia!
As vinte já eram idas,
Quando a escrita terminei;
Três já estavam perdidas,
Só em mérito ganhei.
Mais duas adicionei,
Ao conto do mesmo rol;
Ali, “nem roque, nem rei”,
“Pedra dura, ou água mole!”
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