quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sabiam que....
Quando estamos junto do sacrário, nós formamos já um coro único com a Igreja do céu, eles na frente e nós, por assim dizer, atrás do altar, eles na visão, nós na fé?
No Livro do Êxodo, lemos que, "quando Moisés desceu da montanha do Sinai, não sabia que o seu rosto estava resplandecente, por ter falado com Deus" (Ex 34, 29).
Moisés não o sabia e nem sequer nós o saberemos, porque é bom que assim seja; mas talvez nos aconteça, também a nós, que, voltando para junto dos irmãos, depois destes momentos, algum deles veja que o nosso rosto se tornou radiante, porque contemplámos o Senhor.
E será este o dom mais belo que poderemos oferecer-lhes.
Quando numa das adorações do retiro, nos foi "servida" esta leitura, tive a tentação de pedir às Irmãs que se chegassem todas para trás, para cedermos o lugar aos "nossos", que já estão no céu, uma vez que o seu número ultrapassa, de longe, os que ainda por cá peregrinamos. Mas, de repente, pensei: "estou louca, eles não ocupam espaço!"
Tomei, nesse momento,  consciência de que eles podem superar as nossas falhas, na adoração e contemplação do Mistério Eucarístico, e senti uma enorme paz!...
Meu Deus, que esta paz seja mesmo fruto do esforço que faço para imitar esses celestes adoradores e não para me "encostar" ao que eles fazem e me deixar cair no desleixo, afirmando que tenho quem esteja ali por mim.
E não é que, precisamente hoje, já partiu mais um, que já na terra manifestou tanto interesse por nós e pela Liga, o Senhor Pe Cartaxo?
Depois de se ter dado inteiramente a Cristo, para O servir na sua Igreja, aceitando os cargos que lhe eram atribuídos, teve uns últimos dias que a todos custam a aceitar.
De facto, os desígnios de Deus são insondáveis, mas é necessário recorrer mesmo à graça da fé, para não termos a tentação de dar uma interpretação errada aos acontecimentos.
E temos, no céu, mais um grande adorador contemplativo, pois já o era cá na terra!
Alguém poderá esclarecer-me sobre como adaptar o ditado popular "tal vida, tal morte", ao Senhor Pe Cartaxo?

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