INTERPELADOS PELA PALAVRA!

Como já tiveram oportunidade de constatar, já que o programa do encontro foi logo publicado, este foi o tema reflectido.

De acordo com a vontade do bispo da nossa diocese, D. Manuel felício, iremos, durante este ano litúrgico, estar mais atentos à mensagem que a Sagrada Escritura nos transmite e dedicar mais tempo a estudá-la.

No contexto deste encontro, foi dado todo o relevo à PALAVRA, tendo sido feita a tranposição para a vida da Liga, em cujos documentos orientadores Ela tem um lugar de destaque.

Dedicou-se, também, uma hora à adoração do Santíssimo, como não podia deixar de ser, uma vez que seria ignorar uma parte muito importante do carisma que nos foi legado por D. João de Oliveira Matos, algum tempo a refazer as forças, para relembrar o que Jesus fez com as multidões que O seguiam, e o necessário para a celebração Eucarística, ponto fulcral de qualquer actividade da Liga, enquanto houver sacerdotes, o que esperamos que aconteça "in aeternum".

Foi após esta celebração, que regressámos às nossas Comunidades de origem, fortalecidas pela Eucaristia, pela Palavra e pela confraternização com as irmãs e os irmãos, Servas das Comunidades e Servos Externos, que regressaram aos seus lares.

Quando não temos a Palavra de Deus em nós, vivemos como exilados e a nossa fé e esperança vacilam.

Tudo o que nos persegue não é Palavra de Deus. Estando Ela enraizada em nós , torna-nos amigos e nunca perseguidores.

Excelência da Palavra de Deus:

-A Palavra é Criadora

-A Palavra convoca e informa

-A Palavra cria "A(s) Aliança(s)"

-A Palavra é pré-existente

-A Palavra actuante:Jesus Cristo

A Palavra ensina; actua; corrige; provoca e desafia; reprova; actua, cala-se; transforma; elogia; alimenta; ressuscita; entrega-se; ama; VIVE.

"No princípio criou Deus o céu e a terra..."

A Palavra em Deus é sempre criadora; Deus quer e a obra existe. Basta que a Palavra aconteça e a realidade aparece.

A Palavra convoca para informar sobre o que se está a passar. Informa sobre a necessidade de libertação para nós e para os outros. Convoca sempre em ordem a um a acção que liberta os outros.

O Antigo Testamento está repleto de Alianças. A Palavra compromete-se sempre com a resposta do povo à Palavra de Deus.

Por exemplo, no Decálogo dado a Moisés no Monte Sinai.

Resposta do povo a Moisés: "fala tu com Deus, por nós. Se formos nós a falar, morreremos. Moisés foi feito transportador da palavra do homem.

A última aliança é feita por Jesus Cristo, Palavra encarnada de Deus e resposta ao próprio Deus.

Quando o Verbo encarnou, realizou a aliança definitiva: Palavra de Deus a responder à Palavra de Deus sob forma humana.

A Palavra, que é Jesus Cristo, ordena, manda: "menina, levanta-te", Ao demónio: "sai desse homem!"; Ao mar: "acalma-te!".

É Palavra que alenta, Palavra que se entrega: "Pai, não se faça a minha vontade, mas a tua!"

É Palavra que vive: "Eu estive morto, mas, agora, vivo para sempre..."

A Palavra tem duas naturezas. Enquanto Deus, é o AMOR do Pai derramado em nossos corações; enquanto homem não deixa de revelar toda a riqueza de sentimentos, valores, sonhos, expressos na contingência do ser humano.

Identidade da Palavra:

Palavra do Pai: "Este é o meu Filho muito amado".

No modo como respondemos à Palavra, está a nossa diversidade e a nossa unidade.

Tudo o que a Palavra pediu ficou expresso na BÍBLIA, unidade diversa de setenta e três livros, mas UMA SÓ revelação. Diversidade de alianças, mas uma só aliança.

A Palavra de Deus são também os sinais dos tempos, "Dei Verbum", nº 11.

Toda a Palavra de Deus se exprime na criação. Toda a criação são "Sinais". Tudo o que a criação é, é manifestação da Palavra de Deus.

"É dever de todo o povo de Deus saber ler e interpretar as diferentes linguagens do nosso tempo", DV.

Os Pastores, iluminados pelo Espírito Santo, devem ser capazes de perceber  como é que Deus vai chamando a atenção, para que a Palavra de Deus se manifeste.

Atitudes para com a Palavra:

. Escutar

. Compreender

. Fazer a vontade de Deus

. Seguir Jesus

. Ser enviado

Mais do que escutar a Palavra de Deus, devemos ouvir, para pôr em prática. Se assim não fizermos, não escutamos.

Quando ouvimos e pomos em prática, a nossa acção torna-se para o outro manifestação da Palavra de deus e maneira de a executar. A verdadeira evangelização começa dentro de nós. Quando agimos, somos revelação para os outros: “Vede como eles se amam!” Deus revela-Se em nós.

Compreender - Estudar

Nossa Senhora foi paradigma no estudo da Palavra. Quando não compreendia, perguntava: “Como será isto, se eu não conheço homem?” É o que nós devemos fazer.

Depois de compreender, fazer a vontade de Deus.

Quando não fazemos a vontade de Deus, deixamos de ser Povo de Deus.

Como podemos seguir Jesus? Estando ligados a Ele.

Quem segue Jesus, é para ser enviado. Por isso, a evangelização é a vocação prioritária da Igreja.

Catequizar - Ensinar como Deus quer que seja ensinado, praticando com aqueles a quem ensinamos.

Celebrar sacramentalmente não é repetir, mas actualizar o que foi feito de uma vez para sempre.

Viver - Quando somos enviados, sabemos que é a isso que temos de chegar, quando partirmos desta vida.

NOTA:
Há-de haver, por entre a gente,
Quem certas coisas estranhe:
Penso, nomeadamente,
Na presença do champanhe.

Passava o dia primeiro,
Da oitava de uma festa
E, foi de modo certeiro,
Que o apanhámos nesta!

Tinha ficado mais velho,
O "pregador" convidado,
E, por dar tanto conselho,
Viu-se, assim, recompensado!

Já compreendem, agora?
E podem rezar por ele...
Entenderão, sem demora,
Que têm quem por vós vele!