segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A Ir. Purificaçao partiu para Deus no dia 12 de setembro de 2014



Coloco estas duas fotografias, onde podem distinguir bem a ir. Purificação. Foram tiradas no dia 14 de  junho de 2014 no  Seminário do Fundão. Este foi o espaço onde ela  viveu a maior parte da sua vida de Serva de  Jesus. Tinha no seu coração um grande amor a este lugar e a todas as pessoas que aqui conheceu, por isso, quis estar presente no dia  em que foram encerradas as atividades da Liga dos Servos de Jesus nesta casa.




 
           


                                    O grupo que esteve presente no encerramento das
                            atividades da  Liga  dos Servos de  Jesus no Seminário.


            Um Testemunho sentido e partilhado

“Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram”. (1ª Cor. 15,20)
 
 “Jesus propôs-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo.É a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de crescer, torna-se a maior planta do horto e transforma-se numa árvore, a ponto de virem as aves do céu abrigar-se nos seus ramos. Jesus disse-lhes outra parábola: «O Reino do Céu é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que tudo fique fermentado.» ( Mt. 13, 31-33)
 
Não foi há muito tempo que a Irmã Purificação de Jesus nos deixou num breve adeus.
Na Eucaristia que antecedeu o cortejo fúnebre o Assistente Geral da Liga deixou os seguintes pensamentos:
Face a uma assembleia cristã tão específica e tão conhecedora da Palavra de Deus, bastava à mesma consciencializar o que ensinava S. Paulo na primeira leitura. Na verdade, Se Cristo não tivesse ressuscitado, seria sempre vã a nossa vida e ainda mais vã a nossa atividade apostólica. Mas não! Cristo ressuscitou e Ele não deixa de ser como as primícias da ressurreição de todos nós. Mais fácil de compreender, continuou ele, eram as duas parábolas do Evangelho sobre o Reino de Deus: a parábola da mulher que coloca o fermento em duas medidas de farinha e a do homem que espalha o grão de mostarda, a menor das sementes, até se tornar em árvore.
Foi com os ensinamentos destas duas parábolas que depois falou da ir. Purificação.
Conhecera-a, pela primeira vez, em 1967. Era ele uma criança. Todos os dias trazia aos alunos e levava aos sacerdotes o alimento necessário. Depois acabaria por lidar com ela durante muito tempo e em diferentes atividades.
A ir. Purificação, disse ele, foi a mulher do TRABALHO: paciente, escondido, humilde e constante. Paciente, pois era necessário saber esperar horas a fio e de modo atento, até que o mesmo se pudesse concluir; escondido, pois tal como o fermento também passava despercebido, mas sem deixar de atuar; humilde, porque sempre verdadeiro; constante, pois a irmã sabia estar sempre no lugar que lhe competia.
A ir. Purificação foi uma mulher de ORAÇÃO: sempre pontual (andasse ela por onde andasse na hora certa ela aparecia na comunidade e em comunidade rezava). Oração revestida de Simplicidade (sem muitas palavras, mas sempre com as indispensáveis). Da oração feita em Segredo. (e por ter sido em segredo, só Deus a terá conhecido. Por essa oração, a ir. Purificação, neste momento, já terá recebido a recompensa).
A ir. Purificação foi uma obreira da PAZ: Ela soube ser tolerante sem deixar de ser exigente e estando sempre com todos, nunca deixou e era a primeira a estar do lado dos mais fracos.
A ir. Purificação foi a mulher da PREPARAÇÃO tranquila: Preparação que foi sempre crescendo como o fermento da parábola ou como a semente da mostarda; da preparação feita através da vivência do ideal do servo de Jesus e da Liga; da preparação tranquila nos últimos meses em que a doença se visibilizou exteriormente. Pelos sacramentos recebidos ter-se-á purificado ainda mais para Deus.
A ir. Purificação foi a mulher da TRANQUILIDADE serena, pois que consciente de que Deus também reinou nela e por ela. E tal como as flores adormecem tranquilas no seu existir e no seu perfume, também ela assim adormeceu junto do Senhor a Quem tantas vezes recebeu como Pão eterno e para o Qual soube transportar não apenas flores naturais, como também a flor da entrega generosa e o aroma de quem se deixa conduzir pela força do Seu Amor.

Sem comentários: