sábado, 29 de agosto de 2009

ORIGINAL, NÃO?...

Um grupo de servas, actualmente na “segunda juventude”, assim se autocaracterizaram, recorda, com grande saudade, mas com entusiasmo, os tempos áureos da vida de “Servinhas”, passados na casa do Rochoso, e decidiu fazer uma retrospectiva de alguns dos bons momentos ali vividos. Supostamente, esse era tempo de preparação para se tornarem Servas de Jesus, durante o qual estudavam a vocação, ajudadas pela Senhora D. Alfreda e pelo Senhor Padre Henriques, também eles ainda na flor da idade, representantes de Deus, claro está, pois esse é um trabalho a realizar entre Deus e a própria pessoa, embora com alguns subsídios humanos.
Esta é uma premissa que foi concretizada por um grande número das candidatas que ali se encontravam na altura, das quais, algumas acabaram por desistir da vida comunitária, mas continuam a servir o mesmo Senhor e a identificar-se com a Liga.
Aquele tempo foi verdadeiramente rico em vocações de consagração, tanto para a vida religiosa, como sacerdotal ou leigos comprometidos. Assim, àquela casa, chegavam numerosos sacerdotes, muito jovens, que acabavam por exercer um papel preponderante na formação das crianças e jovens que por ali abundavam.
Não tendo os grupos muito acesso a actividades culturais, imaginava-as, criava-as, vivia-as com intensidade. E assim se foi satisfazendo a fome de saber que lhes ia no íntimo da alma. Para este facto, também contribuiu o espírito inovador dos já referidos e assíduos visitantes, autores de algumas das letras das canções do repertório que foi possível reconstituir, já que o papel e a tinta, da época, era a memória das jovens servinhas.
O cenário inspirador era o Campo do Senhor Vigário, cujos rochedos justificavam, por si só, o nome da aldeia e onde, mais tarde, foi construída a casa em que hoje vive a Comunidade e onde se desenrolam as diferentes actividades sociais, às quais os membros da Liga se dedicam.
Para matar saudades a quem passou por aquela casa, nesses belos tempos, fica o referido repertório de canções, cujas letras são inéditas, embora escritas sobre músicas populares da época.
Afinal, o ambiente não era tão fechado assim, pois, não havendo ainda televisão, e sendo a rádio privilégio de ricos, as canções infiltravam-se ali, como água em terreno arenoso.
Quem nos dera o entusiasmo e a força de vontade desse tempo!
As que não estiveram presentes na Festa da Liga, em 2009, fiquem a saber que algumas destas canções foram levadas ao palco por um grupo coeso dessas jovens de então, que agora vive a “segunda juventude”, com a alegria de quem não se arrepende da decisão que tomou.
De facto, só Deus é Deus e mais ninguém!... Vale a pena servi-l’O!

ALGUÉM PASSOU NESTE MUNDO!

Alguém passou neste mundo
Como passou o bom Deus,
Fazendo florir caminhos,
Das dores, fazendo céus;
Alguém deixou nos seus passos,
Rastos brilhantes de luz
E falou da vida eterna,
Como o divino Jesus.

Coração, coração como o do Mestre,
Amparo e força, esse alguém
É a alegria da nossa, nossa alma,
Porque nos conduz ao bem.

Graças de Deus cubram hoje,
A Obra da sua vida,
Dando mais glória à sua alma,
Para a luz da eterna vida.
Dando mais glória à sua alma,
Para a luz da eterna vida.

Glória a vós, ó Fundador,
Glória vos dê o Senhor:
Glória, Glória, Glória!


ESTA VIDA MINHA

Esta vida minha,
Toda amor e fé
Lembra a daquela andorinha,
Que voa, sempre, à tardinha,
Sobre o telhado da Sé.
Corro a terra inteira,
Com jardins em flor,
Gritando, bem cá do peito,
Jesus, meu amor, vive satisfeito,
Dentro do meu coração.

Ó servinha de Jesus,
O teu andar é tão leve,

Lembra o de uma princesinha,
Caminhando sobre a neve.
Teus olhos trazem mensagens,
De pureza, sem igual;
Ama e serve a Jesus
E foge sempre do mal.

SOCIEDADE DA ALEGRIA

1.É no penedo da saudade
Que a Sociedade da Alegria
Entoa lindas canções,
Com toda a sua energia.

Nossa alegria faz esquecer arrelias,
Que, por vezes, são manias de bebés amimados;
A Sociedade da Alegria está em festa,
Vamos pedir ao Senhor,
Que no-la conserve desta

2.Quando nas tardes de verão,
Subimos ao penedo vistoso,
Contemplando a natureza,
Do Deus todo poderoso.

Quanta alegria é para nós sua beleza,
Que manda embora a tristeza
De certos dias sem sol;
Por mais um dia nós louvamos o Senhor,
Cantando hinos de louvor,
Vislumbrando o arrebol.

CANTEMOS ALEGRES

Cantemos alegres, sempre à porfia,
Soem, pelos ares, nossas canções,
Gritemos ao mundo que existe a alegria,
Ela é que inebria nossos corações.

1.É missão tão linda pôr nas almas a beleza,
Dar-lhes a alegria, consolar seu triste pranto;
Vamos, com denodo, combater contra a tristeza,
Porque um santo triste é também um triste santo.

Coro

2.Se existem no mundo tantas penas, tantas dores,
Existe a alegria, remédio que Deus nos deu;
Nas dores da vida, podemos desfolhar flores
E no sofrimento abrir sorrisos do céu.

VAMOS, SEM DEMORA

Vamos, sem demora,
Soa a nossa hora,
De lutar e de vencer;
Quem não ouve o brado,
Se, ao nosso lado,
Está Cristo a combater.
Quanto mais lutarmos,
Mais nos esforçarmos,
Neste rude batalhar;
Mais cheios de glória,
A cantar vitória,
Havemos de triunfar.

E nesta peleja,
Sem olhar p’ra trás,
Pois, se alguém fraqueja,
Seu dever não faz.
Vamos corajosas, sem desfalecer,
Lutar sempre, até morrer.

SERVIR A JESUS

Servir a Jesus, luz da nossa luz,
É esta a nossa paixão;
Ao mundo de agora, vamos, sem demora
Conquistar o coração;
Vamos combater, sem desfalecer,
Vamos lutar com ardor,
Pelo paraíso, e, se for preciso,
Dar a vida por amor.

1.É nossa a hora que passa,
Temos a vida na mão;
E não há desgraça, que se não desfaça,
Ao calor do coração;
Inda a coragem nos resta,
De batalhar com denodo,
Corações em festa, nossa ânsia é esta:
Pegar fogo ao mundo todo!

Coro

2.Nesta manhã de alvorada,
Soam toques de clarim:
A guarda avançada, desfila apressada,
Numa ânsia sem ter fim.
Vamos com ela à peleja,
Brade ao vento a nossa voz;
Que ninguém fraqueja, se o canhão troveja,
Pois vencer, vencemos nós.

NOSSAS ALMAS DE AMOR SÃO SACRÁRIOS

1.Nossas almas de amor são sacrários,
Onde habita a Trindade de Deus,
Jubilemos que em tais santuários,
Encerramos riquezas do céu.

Somos pajens de Cristo Jesus
E servi-l’O é o nosso ideal;
Vamos nós, defensoras da cruz,
A lutar contra as forças do mal;
Vamos nós, defensoras da cruz,
A lutar contra as forças do mal.

2.Açucenas de mística alvura,
Com Jesus nós havemos de ser;
Brilhe sempre a inocência, a candura,
Na alegria do nosso viver.

Coro

3.Como filhas da luz nós queremos,
Que ela seja do mundo o fanal,
P’ra que brilhe nas almas, tornemos,
Nossa vida holocausto real.

Coro

4.E, seguras da nossa vitória,
A vitória da paz e do amor,
Entoemos um hino de glória
A Jesus, Cristo Rei, vencedor!

Coro












































Sem comentários: