domingo, 13 de dezembro de 2009

AINDA O RETIRO DO ROCHOSO:

ESMIUÇANDO O ESQUEMA DO PROGRAMA!

ADVENTO-Itinerário de um encontro salvífico.

Com a Mafalda, analisemos o mundo doente, que somos nós.
Advento é a vinda periódica da divindade, já com sentido religioso; É a última vinda do Senhor. Mas é também, em relação ao 1º Natal, vinda d’Aquele que vem por AMOR.
É neste sentido que queremos viver o Advento. Somos tentados a não sermos bons. A Mafalda consegue fazer tudo para curar o mundo doente. Devemos ter um AMOR que transfigura.
Desde a Criação, Deus tem-se oferecido ao mundo. Oferece-Se naquilo que cria. Dá tudo. Dar o próprio Filho é dar tudo, dar mais do que a si próprio.
Devemos dar um sentido à nossa oferta e viver dela. É o que Deus faz. Os presentes devem implicar quem os oferece.
Desejo da vinda do Salvador. O desejo transfigura a espera!
Os desejos habitam-nos. Por vezes, não os concretizamos. Não devíamos opôr-nos aos desejos de Deus.
As nossas inquietações, mesmo negativas, vêm revelar a necessidade de algo. (Lembremo-nos da polémica de Saramago).
Não há consagração, sem se viver o desejo. Quando se vai o desejo de Deus, termina a nossa consagração, ainda que a tenhamos registada no papel. Quando celebramos algum acontecimento, o mesmo já tinha sido celebrado pelo desejo, em maiores proporções do que no momento da celebração. O nosso desejo e o nosso amor devem ser perseverantes.
Se o nosso desejo em relação a Deus é limitado, não presta, é fictício. Por seu lado, o amor, ou é total, ou não é amor.
Este desejo da festa de Natal reflecte-se neste tempo do Advento. O desejo é que nos faz caminhar para a meta. Sem o desejo não se caminha.
Toda a caminhada descrita na Bíblia é em ordem a despertar a necessidade da vinda de um Messias, Salvador, mas O que vem só pode penetrar nos corações, se estes estiverem alimentados pelo desejo.
Advento, tempo de preparação.
Matar o tempo rouba-nos a vida. Sempre que desprezamos a vida, estamos a matá-la.
Na Bíblia, o tempo é pedagógico, é sempre uma preparação para a conversão. Lembremos os períodos de 40 anos/dias nela referidos. São sempre passagem, evolução…
É tempo vivido para a esperança e dela se alimenta.
O Cristão é aquele que vive em esperança. “Preparar os caminhos do Senhor”, diz Isaías. Tem que ser uma espera activa e eficaz, diz João Baptista. O tempo adiado deixa de ser tempo. O Advento é um tempo, sem ele não há Natal.
O Messias vem? Vem, ou não vem? “É que nós não vemos nada de diferente em vós!”, podem dizer os não crentes.
João Baptista pergunta a Jesus: “És Tu o que vem responder às nossas esperanças?” “Os cegos vêem, os mudos falam…” É a resposta de Jesus.
Nota-se em mim que o Messias vem?
Devemos viver na certeza de que Ele vem e, ao mesmo tempo, desejar que Ele venha. Nunca devemos estar saciados da ideia dessa vinda.
O Advento projecta-nos para o futuro, não nos fecha no passado.






















Partindo do presépio, somos obrigados a encarar o mundo de maneira diferente. “Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura”. O Cristão nunca devia dizer que as coisas estão mal, antes de fazer tudo para as melhorar.
Os tempos são diferentes e desafiam-nos para a novidade da resposta.
A criança do presépio revela-nos o novo rosto de Deus.
É nossa missão dar um rosto novo à humildade.
O encontro é o Natal!
Mas deve acontecer diariamente. Este encontro fica para a Adoração. É durante ela que vamos encontrar-nos cara a cara com Aquele que esperamos. O encontro deve deixar marcas. O encontro do qual saímos iguais não é encontro.
O ritmo da vida faz-nos esquecer tudo o resto! Os problemas são verdade? O resto não é verdade? O que é que pesa mais?
Uma realidade não elimina a outra.
Não viver na alegria é dizer a Jesus descaradamente: “Não sei para que vieste!” “Não vale a pena voltares!”
Conclusão a tirar: Ninguém devia sair de junto de mim sem se sentir mais alegre!

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