segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

NUANCES DA PALAVRA!

Falar da palavra
É entrar num beco sem saída;
A palavra nem é boa nem é má,
Pois apenas exerce uma função,
Que, por quem dela usa, lhe é atribuída
E depende, ainda, da interpretação
Que, ao escutá-la, os ouvintes lhe dão.

A palavra é uma complicação:
Pode ser um sim, quando
Se esperava um não, ou vice-versa
E a situação
Torna-se, assim, adversa, sobretudo
Se se está numa determinada posição,
Por exemplo, a autoridade em acção.

Bom é pronunciar palavras de gratidão!
Quem as ouve, não as recebe em vão;
Já naquele tempo, apenas um voltou atrás
E tinha sido curada uma pequena multidão;
Faz-se o bem desinteressadamente,
Mas a palavra “agradeço” é pertinente
E fica sempre bem a educação.

A palavra aproxima, ou divide
É de simpatia, ou de indignação,
É de um preço difícil de atingir,
Ou anda vários degraus, abaixo do chão;
Não se pode lavar com detergente,
Quando sai manchada, do humano coração
E é preciso ver quem a está a ouvir.

A palavra pode ferir a sensibilidade,
Sobretudo a uma criança de tenra idade;
A palavra pode ser fonte
De difamação, porque é falsa.
Pode ser um mau juízo, feito
Ao semelhante, em quem vemos defeito:
Proferindo-a, ou deixando que alguém conte.

Por isso, meçamos as palavras:
“O silêncio é de ouro”, como sabemos,
Mais vale não falar a mais, antes a menos;
Só a palavra de Deus, ou por Ele inspirada
É fidedigna e deve ser interiorizada;
Se assim fizermos, teremos missão cumprida,
Já que: “As vossas palavras, Senhor,
São espírito e vida”, seja onde for!

Ou: “A palavra de Deus é viva
E eficaz, mais penetrante que uma
Espada de dois gumes”. Cativa
Não pode estar, nem ficar na bruma,
Tem de produzir efeito, quanto é capaz.
Ainda que, frequentemente, se diga
Que é exigente, muito bem faz!

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