domingo, 11 de abril de 2010

CONTINUAÇÃO...

2º Ponto:
Jesus encontra-Se com o homem a partir da sua Paixão, Morte e Ressurreição. Recordemos o encontro e diálogo com Nicodemos. “Quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”; “Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus”.
Mas “Deus amou de tal modo o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito”., para que todos renasçam de novo e se salvem. Deus parece ter exagerado no seu amor pelo homem. Amou-o tanto, que não poupou o seu próprio Filho, só para evitar a sua condenação.
E Jesus realiza plenamente a vontade do Pai. Aceita o caminho da Cruz, sem se queixar dos homens e sem se revoltar contra Deus. Vê no caminho da Cruz a oportunidade de mostrar ao homem todo o seu amor por ele, de lhe dar a maior prova de amor que jamais existiu: dar a própria vida! E dá-la, não só pelos amigos, mas pelos inimigos.
Jesus não protesta, nem se insurge contra os responsáveis pela sua morte, porque também os quer salvar. “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!”
Na Cruz, manifesta que é o salvador dos homens, quando diz ao bom ladrão: “Hoje, mesmo, estarás comigo, no paraíso!” , e revela a sua divindade quando o Centurião afirma: “Este homem era o Filho de Deus!”
Na Cruz, não vence o ódio dos homens, mas sim o AMOR de Deus. Isto é um dos grandes motivos que levam o bom ladrão a reconhecer quem é Jesus e o Centurião a revelar a sua divindade. Também o modo como Jesus suporta o sofrimento e encara a morte, os leva a constatar que não se trata de uma pessoa qualquer.
No mistério da sua Paixão e Morte, Jesus converte os homens. Um Deus irresistivelmente maltratado pelos homens e a amar-nos apaixonadamente…
Deus, não poupar o seu Filho, só porque quer salvar os homens!… Um Deus que assim nos ama, é um Deus que merece ser acreditado, adorado e amado por nós e nós, por vezes, temos atitudes bem contrárias ao que, por justiça, devíamos ser.

3ºPonto:
Ressurreição.
Deus abre o entendimento aos discípulos. Só à luz da Ressurreição é que se entende o Mistério de Cristo.
Jesus confirma, inquestionavelmente, todos os seus ensinamentos, na Ressurreição.
Só à luz deste Mistério se entendem as questões fundamentais da existência do homem: Sofrimento e Morte.
Deus-Sofrimento-Morte: três realidades do mesmo Mistério, à luz do qual se compreendem e aceitam.
A Ressurreição deixa-nos vislumbrar a vida, para além da morte, o céu, para além da terra, o espírito, para além da matéria, a eternidade, para além do tempo.
Impele-nos a aspirar às coisas do alto e a sonhar com a nossa Pátria que é o Céu. Nem toda a loucura, vista e interpretada à boa maneira de S. Paulo, é suficiente para imaginar esta realidade!
Dá-nos, ainda, a capacidade de conciliar sacrifício e sofrimento com amor e alegria.

4º Ponto:
Como realizar a nossa caminhada, o nosso encontro com Jesus:
Como todos os discípulos, somos chamados a percorrer, com Jesus, o caminho do seu ministério público. Para isso, precisamos de uma personagem muito importante: o Espírito Santo!
Se não O deixamos actuar, não evoluímos e corremos o risco de Lhe ter medo.
Faz-nos bem sentirmo-nos na presença de Jesus. Ele dirige-Se a nós, quando ouvimos os seus discursos, quando descreve os seus milagres. Estamos no mesmo dia e no mesmo lugar, é para nós que Ele fala e não para os povos do seu tempo. Se pensamos que o Evangelho foi escrito apenas para os contemporâneos dos evangelistas, não estamos a viver a Palavra e de acordo com a Palavra.
Expunhamos-Lhe os nossos problemas, falemos com Ele das nossas dúvidas. Foi o que fez a Samaritana!
Não podemos ler a Sagrada Escritura, apenas numa perspectiva de estudo, mas sim numa perspectiva de relacionamento pessoal.
A Sagrada Escritura vive-se em:
-Eucaristia
-Oração pessoal
-Encontro com o irmão
Se nos abrirmos ao Dom de Deus, estes encontros geram amizade. Mas não podem surgir, sem conhecimento dos seus ensinamentos.
As verdades, por si só, não convencem o homem. Só o AMOR convence. Entrar na intimidade de Jesus e amá-l’O intensamente. Sentir que Ele vive em nós e que nós não podemos viver sem Ele. Viver sem Ele traz todas as confusões…
É evidente que todas as pessoas têm necessidade e direito de conhecer Jesus, por isso, é urgente comunicar-lhes a sua existência e dar-lho a conhecer. A nós compete fazê-lo, já que somos testemunhas da Ressurreição, a alegria da qual devem estar impregnadas as nossas palavras.
É mais importante sentir que temos Deus dentro de nós, na nossa intimidade, do que exteriorizar os nossos sentimentos. Contudo, é um facto que, se O sentimos por dentro, de um modo ou de outro, isso tem de notar-se por fora!










Sem comentários: