sábado, 10 de abril de 2010

ENCONTRO MENSAL, NO ROCHOSO!

Cada vez mais, avança para o fim o nosso Plano de Actividades.
Hoje, foi mais um dia de reflexão, no Rochoso. Em ambiente pascal, pois estamos ainda a celebrar o grande dia que dura uma semana inteira, podemos afirmar que foi rico em temas, em convívio e em tudo.
Para iniciar, cantou-se o salmo 135, Hino Pascal, “Dai graças ao Senhor porque é eterna a sua bondade!” De facto, há muito para agradecer, após a vivência do mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.
Seguiu-se a leitura do Evangelho de S. João, cap. 4, 1-30, Jesus e a Samaritana, porque, segundo o dinamizador do dia, Padre Martins, “No princípio era a Palavra…” e o pensamento dominante seria: “Seduzidos por Jesus, somos chamados a ser testemunhas da sua Ressurreição”.
1º Ponto:
Quem não estiver seduzido por Jesus não pode ser testemunha.
Qual a caminhada da Samaritana, para seguir Jesus e ser sua testemunha?
A mulher envolve-se no diálogo: faz perguntas, ouve as respostas, exprime as suas ideias, manifesta as suas convicções.
Jesus diz-lhe: “Dá-Me de beber” , dando a entender que é Ele que precisa dela. Na realidade, esta é a pedagogia do Mestre. Já quando chamou Pedro, lhe mostrou ter necessidade de utilizar a sua barca. Ao querer converter Zaqueu, fê-lo acreditar que precisava de se alojar na sua casa. Faz sempre assim, para, depois, as pessoas descobrirem que elas é que precisam dele.
A partir da água do poço, passa a falar da Água Viva e a explicar que a sede mais profunda do homem é a sede de Deus, como está explícito no Salmo 62: “A minha alma tem sede de Vós. Por Vós suspiro como terra árida, sequiosa, sem água”.
A mulher, que ainda não conhece a verdadeira identidade de Jesus, não pode entender que haja uma água melhor do que a do poço de Jacob. Aceitaria outra, desde que não fosse preciso vir tirá-la ao poço, desde que fosse mais cómodo para ela. Isto dificulta a aceitação do Dom de Deus.
Agora, Jesus entra na vida da mulher, mostrando-lhe que a conhece muito bem, referindo a questão dos maridos que já teve, e acrescentando que aquele com quem vive actualmente não é dela…
Isto leva a mulher a pressentir que Jesus é um profeta e começa a descobrir quem Ele é, na realidade, o que vai alterar tudo, pois vai-lhe aumentando a compreensão da Água Viva.
Jesus aborda, ainda, a questão das diferenças religiosas entre Judeus e Samaritanos e explica-lhe que tudo irá mudar, a partir de agora. Deve adorar-se a Deus em espírito e verdade. Este é um novo conceito de culto, o único que agrada a Deus e não está condicionado a tempo, nem a lugares. A Samaritana concorda com Jesus e sabe que isso acontecerá, quando vier o Messias.
Para além de mostrar que espera o Messias, a Samaritana revela um espírito aberto à novidade e às mudanças que o Messias vai exigir, também, quanto ao culto.
Este é o momento de Jesus revelar a sua identidade à Samaritana, pois constata que ela já está preparada para O acolher e diz-lhe: “Sou Eu mesmo, o Messias!”
A mulher sente necessidade de partilhar com os outros o que acaba de aprender e corre à cidade comunicar o entusiasmo que sente dentro de si. Os habitantes de Sicar vêm ver e pedem a Jesus que fique mais tempo com eles. Jesus satisfaz os seus desejos.
Dois dias foram suficientes para aqueles homens, sedentos da verdade, ficarem elucidados, a ponto de dizerem à mulher: “ Agora acreditamos, já não porque tu o afirmas, mas pelo que vimos e ouvimos!”
Há quanto tempo nós ouvimos, repetidamente, as mesmas coisas que ouviram os habitantes de Sicar? Como está a nossa fé?
Não basta ouvir os outros, nem que seja o melhor pregador, nem ler o melhor livro, ou estudar, ainda que seja o melhor compêndio de teologia. O essencial é encontrar Jesus!
Podemos e devemos ser ajudados, mas nada e ninguém O pode substituir.
Jesus seduz a Samaritana. Como? O que a leva a deixar-se orientar por Ele?
Jesus não faz distinção entre homem e mulher, contrariando, assim, os costumes da época.
Derruba as barreiras entre Judeus e Samaritanos. O verdadeiro Deus não vê diferenças nem superioridade de uns sobre os outros. Ama e conhece todos os povos.
Impressiona-se a Samaritana, pelo facto de Jesus falar com ela, sem preconceitos e de a tratar com respeito. Jesus não a condena, como não condenou a mulher adúltera, preocupa-se com ela e ama-a. Devolve-lhe a dignidade e abre-lhe horizontes de uma vida nova.
A mulher descobre que, afinal, Jesus também veio para ela. Conversa com ela, não apenas para passar o tempo, enquanto os discípulos chegam da cidade, mas porque a ama e a quer salvar. É este amor de Jesus que a conquista.

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