segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

RESPOSTAS AO APELO À SANTIDADE!...


As nossas Irmãs da Beira Baixa respondem mais frequentemente ao apelo de Deus à santidade do que os restantes membros da Liga. 
Ora, vejamos:
Entre cada um dos encontros gerais do Plano de Atividades, quer sejam de formação quer sejam mais de reflexão, elas têm outro. Assim ficam a saber mais do que nós, têm mais momentos de oração em grupo do que nós e devem ir à nossa frente, na santidade, um bom número de graus. 
Mas não faz mal. Também têm mais responsabilidade!
Tiveram no dia 02 de dezembro a sua última reunião de reflexão e oração. O tema foi, "A fé que espera a vinda do Senhor!"
O senhor Pe Luís Miguel Freire, Servo de Jesus, fez o favor de prescindir de algum tempo dos seus já escassos momentos de descanso, para assumir o papel de orientador daquelas horas de reflexão, partilhando os seus conhecimentos teológicos e não só, pois há tempo para formação humana, espiritual, religiosa...
A Liga agradece, pois o saber não ocupa lugar, e "importa orar sempre, sem desfalecer".
Estamos a tentar viver melhor este Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI, para que os cristãos não se acomodem à sua maneira de provar que receberam este dom, no batismo, e o conservam como lhes foi entregue, mas antes mostrem, aos não crentes, que o querem fazer crescer, cada dia, por meio de uma  vida que os distingue pela preocupação de se aperfeiçoarem cada vez mais.
A verdade é que andamos tão atarefados, que, por vezes, nos esquecemos que é nosso dever mostrar aos que nos rodeiam que possuímos valores que nos foram infundidos e outros que já adquirimos, pelos quais pautamos o nosso viver.
E o que temos e somos ficará comprometido, se não for iluminado pela força e poder da nossa fé.
Encontramos pessoas preocupadas que nos confrontam com perguntas, tais como: como posso ser feliz? Como posso dar sentido à minha vida, de modo que valha a pena vivê-la? Como posso livrar-me do sofrimento que me persegue?
Na verdade, o mundo parece uma confusão, não existe esperança nas pessoas, parece que vivemos na "noite escura" de que fala S. João da Cruz, porque não há esforço para reencontrar Deus, que pusemos fora da nossa vida. A vida sem Deus é realmente uma pobreza, uma vida sem qualquer sentido.
Este esquecimento de Deus, que os nossos tempos demonstram, é causa do desânimo que marca as nossas comunidades e aqueles que nos estão confiados. Por isso, no tempo em que o Sr D. João quis fundar uma liga que fizesse Reinar Jesus, porque os corações dos homens se deixavam consumir pela perda da identidade cristã, e se entregavam a outras "fés". Hoje, a Liga tem uma tarefa mais intensa e um trabalho redobrado, porque as "fezadas" que vivem as nossas gentes e as nossas comunidades são mais atrativas do que a proposta do Evangelho.
É por isso que a toda a hora nos deparamos com problemas de depressão e de esgotamentos, de gente que perde o norte à vida e que nós temos de saber conduzir até Deus.

Rezemos, muitas vezes, com esta leitura de Isaias (Is 61, 1-3):
O espírito do Senhor DEUS está sobre mim,
porque o SENHOR me ungiu:
enviou-me para levar a boa-nova aos que sofrem,
para curar os desesperados,
para anunciar a libertação aos exilados
e a liberdade aos prisioneiros;
para proclamar o ano da graça do SENHOR,
o dia da vingança da parte do nosso Deus;
para consolar os tristes,
para coroar os aflitos de Sião;
para mudar a sua cinza em coroa,
o seu semblante triste em perfume de festa
e o seu abatimento em cânticos de alegria.
Hoje, os tristes e abatidos são as muitas famílias em dificuldades; os exilados e prisioneiros são os endividados e os jovens que têm de emigrar para encontrar emprego; os que sofrem são os que, aos 30 ou 40 anos, se veem com uma doença incurável; os aflitos de Sião são os muitos sacerdotes, as irmãs e os consagrados, os muitos homens e mulheres que vivem o ideal de Cristo e, por isso, são cada vez mais espezinhados e maltratados, porque Deus incomoda!
Este Ano da Fé tem como objetivo consciencializar-nos desta realidade e despertar-nos para uma busca mais insistente do essencial. Como Santo Agostinho, repitamos, muitas vezes: "criaste-me para Ti, Senhor, e o meu coração não descansará enquanto não repousar em Ti".
O homem tem muitas esperanças na vida, mas não é o concretizar destas esperanças  que o satisfaz plenamente. Precisa de uma esperança que o transporte ao infinito, mais além do que ele próprio possa atingir, humanamente falando.
Durante muito tempo, o homem teve a ilusão de que seria a política, a economia ou a ciência que lhe traria a salvação. Hoje, mais do que nunca, sabemos que não nos engana o salmista, quando afirma: "mais vale refugiar-se no Senhor, do que fiar-se nos poderosos".
A esperança faz-nos caminhar, mas é da grande esperança que carecemos, e esta é a esperança da salvação, à qual os homens têm fechado as portas do coração. Só Deus nos pode satisfazer esta esperança.
Deus é o fundamento da esperança humana e a prova é o rosto humano que Ele nos revelou em Jesus Cristo que nos amou e Se entregou à morte por nós, para nos salvar.
Diz o Sr D. João que Jesus "aproveitava todas as ocasiões oportunas para avivar nos seus Apóstolos uma grande e ardente fé". E o método que usava era bastante interessante. Parecia que Jesus os deixava ir quase ao fundo do fracasso e do desânimo e depois lhes mostrava o seu rosto que lhes renovava a sua falta de confiança e a sua pouca fé.
Diz ainda: "a fé leva-nos a conhecer-nos a nós mesmos, porque é em virtude da luz que ela irradia que o pecador reconhece a sua vileza(...)ela é para o crente o maior alento, a maior força que o sustenta e encoraja, através dos mil escolhos que encontra na vida".
É por isso que nós temos de ter uma fé bem sólida, para sermos testemunhas da mesma fé que anima os homens que nos são confiados.
Conclusão: É imprescindível que a nossa fé cresça, neste Ano da Fé, e que seja vista pelos homens, sobretudo em obras e na nossa maneira de viver. Usemos, por isso, todos os meios que a Igreja coloca ao nossa dispor e sejamos, nós próprios, autores de outros tantos modos de a fazer crescer, já que Deus não nos recusará a ajuda de que carecemos, para concretizarmos estes objetivos!
Ter mais fé é sinónimo de ser mais santo!

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