sábado, 11 de maio de 2013

FORMAÇÃO, NA CERDEIRA!...


Não conseguimos competir com o encontro no Outeiro de S. Miguel, mas o grupo era bastante numeroso e tudo "almas de boa vontade" para ouvir, reter para posterior vivência e participar ativamente.
Claro que não estávamos a comemorar o aniversário da fundação da Liga. Porém, por mera coincidência, era a comemoração da passagem para o Pai, da Senhora D. Cândida, que serviu o Senhor, durante muito tempo, nesta casa, e nos legou grandes exemplos de uma Serva, que se prezou de o ser, desde a primeira hora.
Iniciamos com a apresentação de um tema, "liberdade na Fé", pelo Senhor Padre Joaquim António, pároco de Trancoso. Foi uma novidade no ritmo destas atividades. Apesar de se apresentar como alguém que caminhou com a Liga, desde os três anos, nunca se tinha proporcionado a possibilidade de dar o seu contributo para a formação dos membros da mesma. Foi hoje, e fê-lo muito bem!
A base do seu desenvolvimento foram os documentos conciliares e a Bíblia.
Pela riqueza e profundidade teológica do tema, abstenho-me de apresentar aqui qualquer resumo. Aguardo que alguém me envie algumas notas...
Lembrou-nos, como já têm feito outros preletores, que nós temos de dar Deus ao mundo e que a nossa liberdade é Jesus Cristo.
Seguiu-se um curto intervalo, após o qual se fez meia hora de adoração, com o Santíssimo exposto. Houve momentos de oração rezada, cantada e fez-se também silêncio, para melhor escutarmos o que Deus nos queria dizer.
Houve bênção e deu-se início à celebração da eucaristia, com cânticos de todos conhecidos, para que a harmonia fosse completa e o coro impressionasse os ouvintes.
O almoço estava à espera e já tinha o lugar reservado em cada um. Não foi de Páscoa, mas andou por lá perto. Algumas irmãs são muito generosas, muito carinhosas e atenciosas. Não conseguem aparecer sem trazerem com elas uns miminhos, típicos lá do sítio...
Bem hajam!
Depois do almoço, mais uma variante: com início no cemitério, onde temos mais Irmãs do que na comunidade, e, em comunhão com todas (ali começa a verdadeira vida), realizou-se uma "Via Lucis", com leituras e cânticos, selecionados pelo Assistente da Liga, o grande responsável pela organização da formação. As folhas dos cânticos eram de três cores.
Paragem obrigatória na Igreja paroquial. A partir dali, saíram, a evangelizar, três grupos, de acordo com as cores, por caminhos diferentes, com um responsável. Haviam de encontrar-se, pelo menos, três fitas, da cor das folhas dos cânticos, junto das quais se devia parar para a leitura e para o respetivo cântico.
Encontro, de novo, na capela, para o último tema e encerramento.
PARABÉNS ao Senhor Assistente, pela inovação!
Agradecemos a disponibilidade...
A  A L E G R I A
 1. Enquadramento: Ano da Fé; Receção do Vaticano II; Tempo da Liturgia em que se vive .

2. Ponto de Partida:
O Reino de Deus é identificado como: Amor, Alegria, Paz…
 “ Todos os mistérios da Vida cristã, por serem valores absolutos e por nos colocarem em contacto especial com Deus, tornam-se meios especiais de alegria”.

FONTES DA ALEGRIA

1. O Dom da Vida e a consciencialização da mesma.

2. Pertencer e integrar a Família de Deus.

3. Sentir-se verdadeiramente livre.

4. Sentir-se amado e capaz de amar e amar.

5. Capacidade de ser perdoado e de perdoar6. Ser e apresentar-se como sacramento salvífico de Deus.

7. Integrar e existir para a vida eterna.

8. Plena União a Cristo e novas criaturas.

9. Aquisição da plenitude. Deixar que o outro seja.

10. Como D. João sempre gostava

“ … Nas recreações ser alegre, simples e inocente, evitando toda a palavra ou ato contra a caridade ou qualquer outra virtude” (D. João)
Regra XIV

Não se deixem dominar pela tristeza, antes se conservem habitualmente alegres, mas não se entreguem às vãs alegrias do mundo”.

“ Confiantes e alegres, afastando decididamente do seu espírito o pessimismo, o desalento e a tristeza”.

“A alegria na vida espiritual é como o óleo para uma máquina; fá-la girar sem nenhum engano e torna a tarefa simples e fácil para quem a tem de manejar”.
(D. João 4/08/29)
DEIXAR…
Deixar que o amor entre em minha casa
Deixar-me abraçar como o filho pródigo
Dar-Te, ó Pai, a alegria de fazeres festa,
A possibilidade de rejubilares
E de me revestires como manto novo do teu amor
É mistério insondável
 És bom, ó Pai, e sentes alegria em perdoares 
e de fazeres festa comigo
É preciso ser-se pobre e humilde
Para se deixar amar por ti,
Obrigado porque assim é.
Ensina-me a deixar-me amar por Ti
Ensina-me a alegria do perdão.
         LIBERDADE
" Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer! (… )
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
Sem edição original.
(…) Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca..."
                                                                      Fernando Pessoa


A Coordenadora Geral deu algumas informações, entre elas, anunciou a apresentação de mais um livro sobre a espiritualidade do Senhor D. João, da autoria do Pe Pina Ribeiro.
Fez-se uma oração a Nossa Senhora e o encontro estava encerrado.

2 comentários:

LSJ disse...

Tu, Virgem pura, santa, Avé Maria,
Cheia de graça, Esposa, Filha e Madre,
Mais formosa que o sol ao meio dia,

Que vás buscando ao Esposo, Filho e Padre,
Qual cordeira perdida da manada,
Sem guarda de pastor nem cão que ladre;

Vai, Rainha dos Anjos mui amada,
E preciosa pedra adamantina,
De perfeições e graças esmaltada;

Vai, estrela do mar; vai, luz divina,
Escolhida do Céu; vai, cordeirinha,
Branca açucena e rosa matutina;

Vai, caminho da glória, vai, pombinha
Branca sem fel; bendita entre as mulheres;
Vai, Mãe da Lei da graça, vai asinha;

Vai ao monte Calvário, se ver queres
Ao teu precioso Filho antes de morto,
Desconsolada vai; vai, não esperes!

Ao qual acharás bem sem conforto,
Posto na Cruz, por partes mil chagado,
Por nos dar sossegado e manso porto.

Afonso Rocha disse...

Parabens, amigos, acabo de ler a boa notícia: as virtudes heroicas do vosso Santo fundador foram hoje reconhecidas em Roma! Grande passo para a batificação!