As paróquias de Kilenda e da
Gabela, onde a Ir. Alcide esteve em missão, choram a sua morte e oram para que
o Senhor a tenha na sua glória.
Na memória de todos, ficará a sua
afabilidade e alegria. Os que chegaram depois, recordarão os saborosos pratos
que preparava apesar dos parcos recursos de que se dispunha e as tertúlias à
mesa, durante as quais os deliciava com estórias ocorridas nestas paragens,
algumas contadas na primeira pessoa e que muito contribuíam para dar a conhecer
a cultura de Angola, o perfil da sua gente e a sua preocupação pelo acolhimento.
Foi particularmente edificante o modo como
viveu a sua doença. Apesar do sofrimento, mantinha a alegria, a esperança e
arranjava forças para, mal os momentos críticos passassem, cumprir o seu dever,
sem queixumes.
Na despedida, dizia, com uma
velada vontade de voltar:
-Ainda me faltou fazer o trabalho
de promoção humana com as mães e as crianças, nos bairros.
Não esqueceremos a intrépida
Serva de Jesus que ousava acompanhar quase meia centena de crianças ao
Luxemburgo, para lhes proporcionar um Natal diferente, e que, quase com setenta
anos, integrou a primeira equipa missionária da Liga.
Não podemos deixar de endereçar à
família, da qual tantas vezes falava com carinho, nomeadamente, à madrinha/irmã,
irmãs e sobrinhas, as nossas sentidas condolências.
Se o sangue de mártires, foi sempre
semente de novos cristãos, que, com a sua partida, o Senhor envie mais
operários para esta messe.
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