Do Evangelho
segundo S. Mateus
(O Reino do Céu)
«Será também
como um homem que, ao partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus
bens.A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a
cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu.Aquele
que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco. Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros dois. Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra
e escondeu o dinheiro do seu senhor. Passado
muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas. Aquele que tinha recebido cinco talentos aproximou-se e
entregou-lhe outros cinco, dizendo: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos; aqui
estão outros cinco que eu ganhei.’ O
senhor disse-lhe: ‘Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca
monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’ Veio, em seguida, o que tinha recebido dois talentos:
‘Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que eu
ganhei.’ O senhor disse-lhe: ‘Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no
gozo do teu senhor.’( Mt 25,14)
Quase no esvair-se
deste mês de outubro, acaba de partir definitivamente ao encontro do Filho do
Homem, a Quem sempre serviu, a Serva Maria Alcide Sousa Ferraz. Pouco
privei com ela.
Antes de partir para
Angola, nunca conversámos. Ao regressar de lá e durante a viagem, manteve
connosco, que a fomos buscar, uma conversa tão tranquila e alegre que
facilmente intuí nela a sensação de um dever cumprido. Depois foi uma luta
constante, quer no hospital, quer onde se encontrava, para alcançar a saúde
necessária. Sempre que a visitei no Hospital, nela encontrei aquele sorriso que
lhe era tão peculiar e as palavras sábias: “Que se faça a Sua Vontade…”; “já
estou preparada…” A doença agudizou-se. Na parte final da doença, de
visitas passei a telefonar-lhe. Nunca deixou de me responder. As dores e a
esperança nunca a deixaram. Agora está junto do Pai.
Dos muitos talentos que
tenha recebido e que com a Graça de Deus fez render, já tudo entregou ao
Senhor. É minha convicção que também ela já ouviu da parte da Trindade: ‘Muito bem, serva boa e fiel, foste fiel em coisas de pouca
monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu Senhor.’
A Irmã Alcide parte no
mês consagrado às “Missões”. Ela foi
missionária. Parte no “mês do Rosário”,
mês da Mãe dos missionários; mês da Senhora de todos os mistérios que o Rosário
contém.
Certamente encontra-se
já bem perto de todos os Santos, os que já partiram e aqueles que sempre nos
acompanham. A Festa será eterna. Liturgicamente havemos de os celebrar muito em
breve.
Lembrá-la-emos durante
o “mês das Almas”. Por ela rezaremos,
para que algum talento que lhe tenha ficado mais esquecido, ou porventura não
tenha dado o fruto exigido, seja agora ‘compensado’ pela nossa oração e pelo
bem a fazer e que aplicaremos por ela. Estou convicto que não será dificil.
Irmã Alcide, com o seu
sorriso e tranquilidade, junto do Sr. D. João peça sempre por todos.
Rezamos também pela sua
família.
Assistente Geral
P. Alfredo
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