UMA VIDA EM TRÊS
GESTOS DE AMOR…
Na sequência do que escrevi no
mês de março, nunca será de mais e talvez se torne significativo chamar a
atenção para os três grandes gestos de amor do Filho de Deus. A vida de Jesus foi
e é ação de amor constante. Podemos defini-la em três grandes gestos de amor.
1. Fazer a Vontade do Pai.
Declarou-lhes Jesus: “O
meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar a sua obra”(Jo.
4,34). Para consumar esta Vontade o Verbo encarnou e desse modo redimiu toda a
humanidade inteira e integrou-a, a seu modo, na família de Deus.
2. Ser
manifestação do valor e significado último de quanto existe. Em
Jesus e através de Jesus (no Seu mistério pascal), a contingência, o
passageiro, a criatura, o material, o pecado convertem-se em realidades novas. Assim
o passageiro torna-se definitivo, o material converte-se em espiritual, o
corpóreo realiza-se no imaterial, o pecado é ocasião de Graça, na morte gera-se
a Vida, o tempo transcende-se na Eternidade. Morrer é aurora de ressurreição e
a vida sem fim uma outra expressão do Reino de Deus. Em Cristo tudo passa a ter
novo sentido e significado. O Verbo Encarnado é sacramento de amor e fonte
perene de sacramentos.
3. Jesus /Emanuel
para sempre. Tal como Deus não se cansa
da Criação assim o Filho jamais se cansa de estar sempre connosco. “…Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos” (Mt. 28, 20) Em Quinta feira santa foi pedido aos discípulos que permanecessem sempre
com Jesus para que Jesus estivesse sempre com eles. A Eucaristia e sobretudo
o envio do Paráclito constituem os modos,
por excelência, da presença de Deus e de Jesus com os Seus. É com Eles que a
mesma Igreja (esposa) não se cansa de pedir: “ Ámen. Vem, Senhor Jesus” (Ap. 22,21).
Neste mês de abril de 2014, mês em que a Igreja celebra, de modo solene, a
excelência e magnanimidade do Amor que Deus é em si e para nós, talvez me seja
pedido uma vez mais, como membro/parte integrante desse corpo que tem por
cabeça Cristo Ressuscitado:
·
Reconhecimento
e gratidão a Deus pela filiação redimida;
·
Reconhecimento
e gratidão ao Amor trinitário que se me oferece em dádiva perene e me
transfigura de modo a ser também eu glória da Trindade;
·
Oferecimento
Amoroso e contínuo ao Pai, mediante Jesus.
Sempre que
lutamos pela realização destes três gestos entramos na intimidade de Jesus
Cristo e tornamo-nos sacramento de salvação; atuamos como Igreja; testemunhamos
a presença de Deus que constantemente nos renova e nos converte e não deixamos de
aparecer ainda como apóstolos, discípulos e servos de Jesus.
Ora aquilo
que se pede ao Servo é que seja como o seu Senhor.
“As almas são tanto mais felizes,
quanto mais amam a Deus”
(D. João de Oliveira Matos)
Guarda, 2014-04-01
P.
Alfredo Pinheiro Neves
( Assistente Geral)
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