terça-feira, 3 de junho de 2014

Mensagem do Assistente Geral para o mês de Junho !!!

                        
                            
                                              MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

                   

 
                        «O amor de Deus é o verdadeiro tesouro do ser humano»
          O mês de junho é na igreja e na piedade popular o mês do Coração de Jesus. Devoção tardia na Igreja mas com caris muito significativo. Na verdade esta festa acaba por conjugar o sofrimento humano com a alegria própria de Deus. O amor divino e a Sua Justiça, a ternura e simplicidade com a constante necessidade de combate e do sacrifício. O humano com o divino.
Esta festa é a festa da humanidade de Jesus e do seu amor por todos e cada um de nós. Amor que se traduz na complacência de quem não se cansa de amar suportando todas as possíveis ingratidões das pessoas. Nisto se revela a divindade.
Este é o mês dos dias longos, dos dias bem quentes e extenuantes. É o tempo de se produzir e de dar fruto. Tempo de crescimento. Na vertente espiritual podemos dizer que o mês do Coração de Jesus é o tempo favorável para se sentir e viver toda a riqueza descrita por S. João na sua primeira carta: “conhecer e acreditar no amor que Deus nos tem”(1º Jo. 4,16).
Leão XIII, Pio XI, Pio XII, Paulo VI foram os papas para quem este mistério que envolve o Coração de Jesus mereceu particular interesse. Quantos escritos não apareceram nessa altura. Particular destaque nos merece o papa S. João Paulo II. Ele tornou-se arauto incansável do amor deste Coração inefável. A encíclica “Dives in Misericordia” (1980-11-30) ele a consagrou a este amor misericordioso. Em mensagem dirigida ao Apostolado de Oração de Itália, (1984-03-30) pedia-lhes oração e oferecimento quotidiano pela conversão dos pecadores, pelas necessidades da Igreja e pelas autoridades civis…
Ora como sabemos, a devoção ao Coração de Jesus expressa-se de modo particular em dois atos muitos concretos: a consagração e a reparação.
A CONSAGRAÇÃO nada mais é senão reconhecer Jesus como Deus, a entrega total ao Seu amor e a nossa confiança absoluta na sua misericórdia.
A REPARAÇÃO pede-nos a caridade de rezarmos e de nos oferecermos em sentido “vicário” também pelos outros. Tornando-se reparadora cada pessoa manifesta, não só a sua consagração a Deus e aos irmãos, como se afirma verdadeiro apóstolo da misericórdia assemelhando-se em tudo à missão do Filho unigénito de Deus. É nesta dimensão que a “comunhão reparadora” se torna significativa. Nesta teologia se enquadra e compreende a oração do Anjo em Fátima:            “Santíssima Trindade, Pai, Filho Espírito Santo adoro   Vos…”                                                                                                                                            
Como era conhecedor de toda a riqueza inerente a esta doutrina o nosso Fundador e como ele a soube pôr em prática. Ele a imprimiu, por escrito, na Obra por ele fundada e lentamente a foi inculcando no espírito de todos os Servos. D. João quis:
 A consagração mediante a santificação pessoal sempre ligada aos compromissos batismais e na procura da santificação dos outros; (Acta da Fundação).
A reparação “desagravando Nosso Senhor de tantos crimes que se têm praticado… reparando e apostolizando em todos os campos de ação”. (Acta da Fundação).
Amor, caridade, misericórdia, doação, entrega, confiança, busca da salvação, generosidade, simplicidade, alegria, paz e paciência, doçura delicadeza e bondade são alguns dos muitos gestos gerados e que transbordam do Coração de Jesus. Gestos que o Sr. D. João sempre amou e destacou nos seus diversos ideais. Gestos com os quais ele enquadrou e sinalizou as Regras de vida espiritual e o Primeiro Regulamento dado à comunidade do Rochoso, em junho, dia 13, ano de 1924, festa de Santo António.
Não esqueçamos ainda o que D. João, a este respeito, escreveu numa outra ocasião:

“… Há, finalmente, as almas reparadoras que formam como que um cortejo em volta do Reparador divino e de sua Mãe, a grande Reparadora, oferecendo-se por Maria, em união com Jesus Cristo, ao Eterno Pai, para repararem, por meio das suas orações, sacrifícios e vida intensa de apostolado, o mal que os seus irmãos transviados cometem contra Deus e contra a sociedade. São almas vítimas que seguem as pisadas do Cordeiro Divino, imolado por amor dos homens e de sua Mãe, que permaneceu firme e de pé no Calvário, até que o sacrifício estivesse consumado. São estas almas, e só estas, verdadeiros para-raios da Justiça Divina”

Amigo da Verdade secção Luz e vida, nº 228, 1931.
O Amor vence tudo, tudo alcança e jamais desaparecerá.
Que este mês de Junho seja para todos nós tempo favorável à vivência desta sublime doutrina.
Guarda 2014-01-01

Assistente Geral

P. Alfredo Pinheiro Neves
P.S. Deixo como sugestão que as adorações eucarísticas levadas a efeito em todas as casas, durante este mês do Coração de Jesus, não deixem de ter esta mesma doutrina, como intenção primeira.

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