segunda-feira, 1 de setembro de 2008

FESTA DA LIGA



Tal como estava previsto, realizou-se a Festa da Liga dos Servos de Jesus, em Manteigas, no dia 29 de Agosto, dia em que a Igreja celebra o martírio de São João Baptista e nós lembramos a partida para o Pai, do nosso Santo Fundador, D. João de Oliveira Matos, que também foi mártir em muitos sentidos.
Este dia foi precedido de uma véspera rica, do ponto de vista espiritual, já que, como é hábito, houve a vigília de oração reparadora, de louvor e acção de graças e também de súplica, o que nos ocorre mais naturalmente, porque, embora não saibamos pedir como convém, estamos sempre a dirigir súplicas a Deus, e, por vezes, de uma forma pouco reflectida. Enfim, Deus já nos conhece.
Foi na Igreja de S. Pedro que a vigília teve início. Os Párocos, Pe Francisco Gralha e Pe Joaquim Sampaio, aos quais a Liga agradece encarecidamente, ajudados pelo coro paroquial, apresentaram-nos a prova concreta e evidente de que não há limite de idade para rezar e fazer sacrifício. Ali se mantiveram firmes e disponíveis, até ao momento da procissão do Santíssimo, à qual presidiram, e na qual, o Senhor do mundo se deixou transportar para a capela da comunidade das Irmãs da Liga dos Servos de Jesus, que ali acompanham as crianças que lhes são confiadas e às quais procuram proporcionar o lar, o pão e a educação a que têm direito.
A procissão do Santíssimo foi um ponto alto a registar, nesta noite de oração.
As comunidades da Liga asseguraram a adoração permanente, em qu
atro turnos: das 24:00 às 02:00; das 02:00 às 04:00; das 04:00 às 06:00 e das 06:00 às 08:00, hora em que se entoou o Te Deum, hino de louvor por excelência. Irmãs houve, e sacerdotes também, que ali se mantiveram durante toda a noite. De facto, é importante que cada um se consciencialize daquilo que Deus lhe pede, em cada momento. Deus quer que rezemos sempre, sem nunca desfalecer, mas S. Paulo lembra: "quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus". É preciso estar atento!...
Às 11:00h, teve início a celebração Eucarística, na

Igreja de Santa Maria. Presidida pelo bispo da Guarda, D. Manuel Felício, Superior Geral da Liga, concelebrada por mais três bispos, D. António dos Santos, bispo emérito da Guarda; D. Albino Cleto, natural de Manteigas, bispo da diocese de Coimbra; D. Diamantino, natural de Manteigas, mas a trabalhar no Brasil; e alguns sacerdotes, os que puderam dispor de tempo para se unirem a nós, Liga, e rezarem connosco. O nosso "Bem haja!", a cada um. Foi ainda participada por numerosos fiéis, além do grupo de Servas Internas e Servos Externos, representantes dos diferentes núcleos já organizados.
A Eucaristia foi solenizada pelo coro da Sé, da Guarda, cujo responsável é o Pe José Geada, que não dá tréguas e tem os cânticos sempre prontos a sair. A maioria dos cânticos, com os quais a cerimónia foi abrilhantada, são da autoria do Pe Joaquim Parente, mais um filho de Manteigas, que enriqueceu o espólio musical da Igreja. Deus deu-lhe o dom da música, Deus foi louvado por meio dos cânticos por si criados e o Pe Joaquim Parente foi homenageado, porque soube fazer render o talento com que Deus o presenteou.
Na homilia, o Sr D. Manuel fez o paralelo entre São João Baptista e os profetas actuais. Qualquer profeta tem a missão de anunciar e de denunciar. Herodes sabia que João estava na verdade, quando lhe apontava os erros, mas faltava-lhe a força do Alto para se libertar deles. Ficou perturbado, ao ter de cumprir a promessa que, irreflectidamente, tinha feito, em público e com juramento...

Lembrou as nossas missionárias, cujos nomes referiu, acrescentando que estão a adaptar-se e ansiosas por evangelizar.
Nesse momento, ocorreu-me aconselhá-las a anunciar o Reino de Deus de todas as formas possíveis, "a tempo e fora de tempo, admoestando, exortando ...", mas para denunciar é necessário ter muito cuidado, muita diplomacia, ser prudente, conhecer bem o terreno que se pisa, pois parece-me que ainda não atingiram o grau de santidade de S. João Baptista. Mas quem sabe? Não será um juízo sem fundamento?
A Eucaristia prosseguiu. Após a bênção, foi cantado, com entusiasmo, o Hino da Liga.
Seguiu-se um almoço convívio, muito frequentado.

Pelas 15:00 h, todos se reuniram num salão do primeiro andar, já preparado para o efeito e foi apresentado o Relatório de Actividades da Liga, desde a última Festa, que foi em Setembro de 2007. Pode afirmar-se que foi um ano rico em encontros de formação para os dois ramos dos Servos de Jesus.
O senhor Pe Alfredo Pinheiro Neves apresentou, oficialmente, o livro "Escritos Espirituais" revisitados, textos escritos por D. João de Oliveira Matos, no "Amigo da Verdade" e em cartas partic
ulares, entre 1927-1938. O livro andava já a circular, desde o dia 25 de Julho, dia do 85º aniversário da sagração episcopal do Senhor D. João. Entre as várias informações apresentadas, a respeito deste livro, destaco uma que me falou mais particularmente: "o livro é um hino à simplicidade..." do Fundador da Liga dos Servos de Jesus.
Outro livro sobre os escritos do Senhor D. João foi apresentado pelo Assistente da Liga, mas este ainda não está concluído.
Ouvimos, a seguir, a palavra do Senhor bispo, D. Manuel Felício.
As meninas educandas da Casa de Cristo Rei apresentaram um número alusivo à pesca milagrosa e declamaram alguns pensamentos extraídos dos escritos do Senhor D. João. Finalmente, foram interpretadas duas cantatas, uma com letra do Pe Moreira das Neves e música do Pe Manuel Geada e outra com letra e música do Pe Manuel Geada. E a sessão terminou por aqui. Todos regressaram às suas casas mais enriquecidos, porque tinham experienciado um dia de oração e partilha mútua.
Cremos que Deus também se sentiu feliz, pois a família dos Servos de Jesus, que também é a sua, reuniu-se para O louvar.


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