segunda-feira, 1 de novembro de 2010

TODOS OS SANTOS/FIÉIS DEFUNTOS!

VISITA AO CEMITÉRIO!

Também lá fui, como fizeram tantos outros!
Deu para pensar, para reflectir…
Para rezar, e até para sorrir,
Pois eram lágrimas de saudade,
Nas quais se antevia a amizade,
De quem já tantos entes viu partir…


O meu sorriso apaziguou
Quem a tristeza me confessou!
Valeu a pena, não foi em vão,
Ali, qualquer um se julga irmão.
Tem lá seu fim a vida humana,
Porém a alma ao céu voou.


Tantas das nossas ali ficaram,
Mas se evolaram até ao Pai;
Todas lembradas, ornamentadas,
E nós, em prece, afervoradas,
Porém, sabendo que é para nós,
O que do nosso coração sai.


Havia umas mais conhecidas,
Pois que lidavam com muita gente;
Porém, a morte não foi diferente!
Mas quem impede amizades antigas,
De se empenharem em suas vidas,
Por as guardar na sua mente?


Não vemos preces dos que ali vêm,
Já que se trata de algo invisível;
Adivinhá-los é quase possível,
Pois deixam rosas, lírios e flores,
Em gratidão, por tantos favores
E por tudo o mais que é imperecível.


Nestas se conta a Irmã Maria Rita,
A Ir Pereira, a D. Elisa e outras mais,
Que, para a sua época, foram as ideais;
No trabalho, no exemplo de quem se dá,
Sem interesse pelo que se recebe cá,
Na expectativa de ter do Além a grande dita.


Aproximam-se os vinte anos de “morada”,
Para aquela que desta “barca” se ausentou;
Fácil não foi a herança que nos legou,
Mas rocha dura devia ser o apoio seu,
Constituída pelo Senhor e Rei do céu,
Que a recompensa lhe tinha já reservada.


Já tem direitos adquiridos pelo tempo
Que está em Deus, a gozar em plenitude;
Tal progresso fez na terra, na virtude,
Que a porta do céu se abriu de par em par
E fácil foi descobrir lá o seu lugar,
Donde nos volve um olhar muito atento!


A todas as que ali estão nós recorremos,
Sabemos que, do Pai, tudo alcançam!
Os problemas desta terra já nos cansam,
Ajudem-nos a manter viva a esperança
E a trabalhar em ordem à mesma herança,
Não só para nós, mas para os que connosco temos!





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