MÊS
DE AGOSTO
“Os
Apóstolos reuniram-se a Jesus e contaram-lhe tudo o que tinham feito e
ensinado. Disse-lhes, então: «Vinde, retiremo-nos para um
lugar deserto e descansai um pouco.» Porque eram tantos os que iam e vinham,
que nem tinham tempo para comer. Foram, pois, no barco, para um lugar isolado, sem mais ninguém”. (Mc 6, 30 ss)
No
mês de agosto ou num outro mês qualquer, deve existir um tempo em que o mesmo
seja “mais para nós” e para os nossos mais próximos.
Sabemos como durante todo o ano pastoral somos solicitados e nos esgotamos nas mais
diferentes atividades apostólicas. Além disso, cada um de nós tem sempre o seu
“dever” a cumprir.
Quisemos
trazer para aqui este texto evangélico onde se encontra o convite de Jesus aos
seus discípulos para que estes se retirem e descansem um pouco. Sabemos que
quando o fizeram, tinham já outras pessoas que os aguardavam à sua chegada.
O
tempo de lazer torna-se fundamental para todos. O mudar de atividade faz-nos
sentir mais para nós para depois podermos servir mais e melhor os outros.
Por
isso o ritmo que carateriza o tempo de descanso, tem de ser diferente e cronologicamente
diverso; a nossa espiritualidade deve marcá-lo também, de modo distinto
naturalmente. Não foi assim no relato da criação? Não é assim no ritmo semanal
quer dos Judeus quer dos Cristãos? Esse espaço de tempo também ele deve
pertencer ao Senhor; ser tempo de “Domingo”.
O Sábado era o dia festivo do AT: Ex 35,1-3; Nm 15,32-36;
Is 1,13; Os 2,13;
o dia da “libertação” do Egipto, do trabalho, da escravidão: Ex 23,12; Dt 5,12-15;
Jr 17,19-27; dia do “repouso”: Gn 2,2-3; Ex 20,8-11;
Ez 20,12; 46,1-12;
do anúncio dos bens futuros – escatologia: Is
56,1-7; 58,13-14; 66,22-23; Jr 17,19-27.
Quando Jesus veio, o jugo dos fariseus fizera do Sábado um dia de escravidão: Mt 12,1-14.;
Lc 6,1-11; 13,10-17;
Jo 5,9-18; 7,21-24;
9,14-16; Act
1,12. Cristo transforma o Sábado no dia da sepultura: Lc 23,53-54; Jo
19,31-42; e fixa para o dia seguinte – Domingo – o dia da Ressurreição, da libertação, da nova criação: Mc 16,2-9; Jo 2» Domingo,
dia em que o Senhor se manifesta: Jo 20,1.16.19.26; Ap 1,10; e
transmite o seu perdão: Jo 20,19-23; é o dia
da reunião da comunidade cristã: Act 20,7; 1 Cor 16,2; é o “Dia do Senhor”, correspondente ao
“Dia de Javé”, tomando, assim, uma perspectiva escatológica: Act 2,20; 17,31;
1 Cor 1,8; 5,5.
O tempo de repouso é
necessário e não deve ser descurado. Haverá muitos modos de repousar. O
importante é que ao repousar cada qual se sinta mais livre, mais alegre, mais
atento a Deus servindo-O de modo diferente, mas agindo sempre por amor.
Seguindo de perto o concílio Vaticano II não esqueçamos o que o mesmo nos
recomenda:
“…Os tempos livres sejam bem empregados, para
descanso do espírito e saúde da alma e do corpo, ora com atividades e estudos
livremente escolhidos, ora com viagens a outras regiões (turismo), com as quais
se educa o espírito e os homens se enriquecem com o conhecimento mútuo, ora
também com exercícios e manifestações desportivas, que contribuem para manter o
equilíbrio psíquico, mesmo na comunidade, e para estabelecer relações fraternas
entre os homens de todas as condições e nações, ou de raças diversas”. G. S. 61
Para as irmãs
doentes e ou outras pessoas sem possibilidades de férias, solicitamos de Deus todo-poderoso
a Graça da Sua Presença e que a mesma a todos transmita os valores eternos por
Ele prometidos em todas as etapas da nossa vida. Deus nos conceda a saúde, a alegria e a Paz.
Guarda 2014-08-01
Assistente
Geral
P.
Alfredo Pinheiro Neves
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